domingo, 20 de junho de 2010

Programa de Alimentação do Trabalhador em São Paulo, Brasil

AUTORES: Ana Paula Gines Geraldo, Daniel Henrique Bandoni e Patrícia Constante Jaime
ANO: 2008

RESUMO
Objetivo. Avaliar os aspectos dietéticos das refeições oferecidas por empresas inscritas no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) na Cidade de São Paulo, Brasil, em relação às recomendações nutricionais do Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde.
Métodos. Foram investigadas 72 empresas, caracterizadas conforme setor (indústria, serviços ou comércio), porte (micro, pequenas, médias ou grandes), modalidade do PAT (auto-gestão, gestão terceirizada do tipo refeição transportada ou gestão terceirizada do tipo preparo e distribuição de refeição na empresa) e supervisão de nutricionista (sim ou não). A quantidade per capita dos alimentos foi determinada nos cardápios de 3 dias de almoço, jantar e ceia. O valor nutricional das refeições foi definido com base nas variáveis energia, carboidrato, proteína, gorduras totais, gordura poliinsaturada, gordura saturada, gordura trans, açúcares livres, colesterol e frutas e hortaliças.
Resultados. A maioria dos cardápios teve baixa oferta de frutas e hortaliças (63,9%) e gordura poliinsaturada (83,3%) e excesso de gorduras totais (47,2%) e colesterol (62,5%). O agrupamento 2, composto principalmente por empresas de médio e grande porte do setor industrial e de serviços, com gestão terceirizada e supervisão de nutricionista, teve, em média, refeições com maior valor energético (P < 0,001), maior porcentagem de gorduras poliinsaturadas (P < 0,001), maior quantidade de colesterol (P = 0,015) e maior quantidade de frutas e hortaliças (P < 0,001) do que o agrupamento 1, composto por micro e pequenas empresas do setor de comércio, tendo autogestão como modalidade e sem supervisão de nutricionista. Quanto à adequação dos cardápios oferecidos às metas do Guia Alimentar para a População Brasileira, as refeições do agrupamento 2 foram mais adequadas em relação à oferta de frutas e hortaliças (P < 0,001). Em contrapartida, o agrupamento 1 apresentou maior adequação da quantidade de colesterol (P = 0,05). Conclusões. É necessária uma ação mais direcionada aos gestores de empresas e aos responsáveis pelas unidades de alimentação e nutrição, principalmente no grupo de empresas que não tem a supervisão de nutricionista.

Palavras-chave: Programas e políticas de nutrição e alimentação, promoção da saúde, doença crônica, planejamento de cardápio, local de trabalho, Brasil.

REFERENCIA
GERALDO, APG; BANDONI, DH; JAIME, PC. Aspectos dietéticos das refeições oferecidas por empresas participantes do Programa de Alimentação do Trabalhador na Cidade de São Paulo, Brasil. Rev Panam Salud Publica. 2008;23(1):19–25.

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sábado, 19 de junho de 2010

Programas de alimentação para o trabalhador e seu impacto sobre ganho de peso e sobrepeso

AUTORES: Iracema Santos Veloso; Vilma Sousa Santana; Nelson Fernandes Oliveira
ANO: 2007

RESUMO
OBJETIVO: Avaliar o impacto de programas de alimentação para os trabalhadores sobre o ganho de peso e sobrepeso.
MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectiva, conduzido no Estado da Bahia entre 1995 e 2000. Participaram 10.368 trabalhadores de indústrias manufatureiras e construção civil atendidos em programas de saúde do trabalhador do Serviço Social da Indústria. Dados dos trabalhadores foram obtidos de prontuários médicos eletrônicos com registros dos exames admissionais, periódicos e demissionais. Dados das empresas foram obtidos por entrevistas telefônicas com informantes-chave da área de recursos humanos das empresas. Para a análise estatística empregou-se a razão da taxa de incidência e seus respectivos intervalos de confi ança a 95%, estimados pelo método exato binomial.
RESULTADOS: Benefi ciários do Programa de Alimentação do Trabalhador (Razão de Taxa de Incidência, RTI=1,71; IC 95%: 1,45; 2,00) ou de outros programas de alimentação (RTI=2,00; IC 95%: 1,70; 2,35) apresentavam maiores taxas de incidência de ganho de peso em comparação com os trabalhadores não cobertos. O sobrepeso também se associou à cobertura pelo Programa, (RTI=1,91; IC 95% 1,26; 2,91) e outros programas de alimentação (RTI=2,13; IC 95%: 1,41; 3,23).
CONCLUSÕES: Programas de alimentação para trabalhadores contribuíram para o ganho de peso e sobrepeso. As estratégias adotadas por esses programas necessitam ser revistas, considerando além da quantidade de calorias, balanço de nutrientes adequado e o incentivo à realização de atividades físicas, dentre outros bons hábitos de vida.

DESCRITORES: Ganho de peso. Sobrepeso. Alimentação coletiva. Saúde do trabalhador. Programas e políticas de nutrição e alimentação. Avaliação de programas e projetos de Saúde. Estudos de coortes.


REFERENCIA
VELOSO, Iracema Santos; SANTANA, Vilma Sousa; OLIVEIRA, Nelson Fernandes. Programas de alimentação para o trabalhador e seu impacto sobre ganho de peso e sobrepeso. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 41, n. 5, oct. 2007 .

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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Obesidade e baixo peso entre idosos brasileiros: Projeto Bambuí

PUBLICAÇÃO: Cad. Saúde Pública. 2003, vol.19, n.2, pp. 605-612.
AUTORES: Sandhi M.BARRETO, Valéria M. A. PASSOS e Maria Fernanda F. LIMA-COSTA.

RESUMO

A coexistência de obesidade (Índice de Massa Corpórea: IMC ³ 30kg/m2) e de baixo peso (IMC £20kg/m2) e seus fatores relacionados foram investigados em 1.451 idosos, 85,5% da população com 60+ anos residente em Bambuí, Minas Gerais, utilizando-se a análise logística multinomial. O IMC (média = 25,0; DP = 4,9kg/m2) foi maior nas mulheres e diminuiu com a idade. A obesidade ocorreu em 12,5% dos idosos; foi associada positivamente ao sexo feminino, à maior renda familiar e presença de hipertensão e diabete, e inversamente à atividade física. O baixo peso ocorreu em 14,8% dos idosos, aumentou com a idade, foi maior nos homens e nas famílias com menor renda, esteve inversamente associado à presença de hipertensão e de hiperglicemia e diretamente associado à infecção por Tripanossoma cruzi e duas ou mais internações no último ano. A obesidade e o baixo peso foram ambos associados a uma maior morbidade. A associação do baixo peso com a infecção por T. cruzi, maior hospitalização e menor renda pode estar refletindo a perda de peso secundária a doenças ou à privação social do idoso nesta comunidade. Envelhecer na pobreza pode aumentar as deficiências nutricionais e os problemas de saúde entre idosos.

Keywords : Saúde do Idoso; Obesidade; Índice de Massa Corporal.

REFERENCIA:

BARRETO, Sandhi M.; PASSOS, Valéria M. A. and LIMA-COSTA, Maria Fernanda F.. Obesidade e baixo peso entre idosos brasileiros: Projeto Bambuí. Cad. Saúde Pública [online]. 2003, vol.19, n.2, pp. 605-612. ISSN 0102-311X. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2003000200027&script=sci_abstract&tlng=pt.

Estudo das variações dos níveis de retinol no colostro humano de parturientes a termo e pré-termo

PUBLICAÇÃO: Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, 4 (3): 249-252, jul. / set., 2004
AUTORES: Illana Louise Pereira de Melo, Karla Danielly da Silva Ribeiro, Roberto Dimenstein

RESUMO

Objetivos: analisar as variações dos níveis de retinol no colostro de parturientes a termo e pré-termo.
Métodos: foram analisadas amostras de leite de 78 lactantes, sendo metade delas mães de recém-nascidos prematuros. As amostras de colostro foram obtidas por expressão manual de uma mama, até 72 horas após o parto, no turno vespertino e no início da mamada, até atingir um volume de 2,0 ml. A determinação do retinol foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência e os resultados foram submetidos à análise estatística através do teste t de Student.
Resultados: o valor médio do retinol no colostro de mães a termo (n = 39) e pré-termo (n = 39) foram, respectivamente, 89,4 ± 46,1 μg/dL e 55,6 ± 27,7 μg/dL. A diferença entre as médias foi estatisticamente significante (p < 0,001). O leite humano atende as necessidades de vitamina A do recém-nascido a termo. Entretanto, o leite prematuro cobre apenas 66% das necessidades da criança prematura.
Conclusões: os resultados sugerem que as necessidades do recém-nascido pré-termo não podem ser completamente supridas por uso exclusivo de leite humano e que a suplementação materna de vitamina A pode reduzir os riscos de uma possível deficiência
deste micronutriente.
Palavras-chave: Leite humano, Prematuro, Vitamina A

REFERENCIA:

MELO, Illana Louise Pereira de; RIBEIRO, Karla Danielly da Silva and DIMENSTEIN, Roberto. Estudo das variações dos níveis de retinol no colostro humano de parturientes a termo e pré-termo. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. [online]. 2004, vol.4, n.3, pp. 249-252. ISSN 1519-3829.

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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Composição centesimal e de minerais em cascas de frutas.

PUBLICAÇÃO: Ciênc. Tecnol. Aliment, vol.25, n.4, 2005.
AUTORES: Jussara A. Melo GONDIM, Maria de Fátima V. MOURA, Aécia S. DANTAS, Rina Lourena S. MEDEIROS, Klécia M. SANTOS

RESUMO

Informações sobre a composição de alimentos de origem agrícola cultivados em solos brasileiros são escassas, e mais ainda de alimentos provenientes do Nordeste. O desconhecimento dos princípios nutritivos dos alimentos induz ao mau aproveitamento, o que ocasiona o desperdício de toneladas de recursos alimentares. Com o objetivo de incentivar o reaproveitamento de alimentos e oferecer uma alternativa nutritiva de dieta a baixo custo, foram analisadas as cascas de algumas frutas que normalmente são desprezadas. No presente trabalho, foi determinada a composição centesimal de 7 elementos minerais com importância nutricional (Ca, Cu, Fe, K, Mg, Na, Zn) em 7 tipos diferentes de cascas de frutas: abacate, abacaxi, banana, mamão, maracujá, melão e tangerina, cultivadas no Estado do Rio Grande do Norte. As análises químicas mostraram que as cascas das frutas apresentam, em geral, teores de nutrientes maiores do que os das suas respectivas partes comestíveis, conforme verificado na literatura. Desta forma, pode-se considerar que as cascas das frutas analisadas podem ser úteis como fontes alternativas de alimento ou como ingredientes para obtenção de preparações processadas.
Palavras-chave: composição centesimal, minerais, cascas de frutas

REFERENCIA:

GONDIM, Jussara A. Melo et al. Composição centesimal e de minerais em cascas de frutas. Ciênc. Tecnol. Aliment. [online]. 2005, vol.25, n.4, pp. 825-827. ISSN 0101-2061.

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O comportamento de compra dos consumidores de alimentos orgânicos: um estudo exploratório

PUBLICAÇÃO: Cad. de Pesq. Interdisc. em Ci-s. Hum-s. vol.10 no.96 Santa Catarina, 2009
AUTORES:
Paulo J. Krischke, Naira Tomiello

RESUMO

O objetivo deste artigo é identificar as motivações das escolhas dos consumidores por alimentos orgânicos, para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa e exploratória em um supermercado de Florianópolis. O questionamento inicial aos consumidores foi “o que o (a) leva a escolher alimentos orgânicos?” Entre os principais resultados destaca-se a identificação das categorias nativas dos consumidores de tais produtos, sendo que a preocupação com a saúde foi a mais mencionada. Além disso, pode-se constatar a complexidade da temática consumo, que toma como essencial a perspectiva interdisciplinar para análise e interpretação do comportamento do consumidor.

Palavras-chave: Consumo. Alimentos orgânicos. Categorias nativas.

REFERENCIA:

KRISCHKE, Paulo J., TOMIELLO, Naira. O comportamento de compra dos consumidores de alimentos orgânicos: um estudo exploratório. Cad. de Pesq. Interdisc. em Ci-s. Hum-s. vol.10 no.96, Santa Catarina, 2009. Disponível em: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/viewPDFInterstitial/10757/10349

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domingo, 6 de setembro de 2009

Sobrepeso: uma nova realidade no estado nutricional de pré-escolares de Natal, RN

PUBLICAÇÃO: Rev. Assoc. Med. Bras. vol.53 no.4 São Paulo July/Aug. 2007
AUTORES:
Anna Christina do Nascimento Granjeiro Barreto*; Lana do Monte Paula Brasil; Hélcio de S. Maranhão

RESUMO

OBJETIVO: Determinar a prevalência do excesso de peso em pré-escolares na cidade de Natal e analisar as variáveis envolvidas como: gênero, idade, tipo de escola (pública e privada) e zonas da cidade.
MÉTODOS: Estudo transversal, realizado em 20 escolas e creches públicas e 20 escolas privadas, na cidade de Natal, no período de agosto a dezembro de 2004. Foram analisadas 3721 crianças de 2 a 6 anos. Considerou-se como excesso de peso todas as crianças com IMC > percentil 85 e sobrepeso aquelas com IMC > percentil 95.
RESULTADOS: A prevalência de excesso de peso encontrada foi 26,5% (IC95%= 24,4-28,9), sendo 14,1% (IC95%=13,0-15,3) risco de sobrepeso e 12,4% (IC95%=11,4-13,6) sobrepeso. Foi observada maior prevalência de sobrepeso no gênero masculino (13,9%, IC95%=12,4-15,6), que no feminino (10,8%, IC95%=9,4-12,4) (p<0,01, Razão de prevalência [RP]=1,29, IC95%=1,08-1,53). O excesso de peso foi encontrado em 19,7% (IC95%=17,1-22,7) dos alunos da rede pública e em 32,5% (IC95%=29,3-35,9) da rede privada (p<0,01, RP=1,64, IC95%=1,47-1,84). Já as prevalências de sobrepeso foram 7,1% (IC95%=6,0-8,4) e 17,1% (IC95%=15,5-18,8), respectivamente (p<0,01, RP=2,41, IC95%=1,98-2,93). As zonas Leste + Sul, áreas com melhor índice de qualidade de vida da cidade, apresentaram maiores percentuais de excesso de peso (p<0,01) e sobrepeso (p<0,01).
CONCLUSÃO: A prevalência do excesso de peso e sobrepeso em pré-escolares na cidade de Natal é alta, principalmente nas escolas privadas, demonstrando a necessidade de implantação de programas de prevenção e intervenção, a partir da educação infantil.

Palavras-chave: Prevalência. Sobrepeso. Pré-escolares. Índice de massa corporal.

REFERENCIA:

ARRETO, Anna Christina do Nascimento Granjeiro; BRASIL, Lana do Monte Paula; MARANHAO, Hélcio de S.. Sobrepeso: uma nova realidade no estado nutricional de pré-escolares de Natal, RN. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 53, n. 4, Aug. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302007000400015&lng=en&nrm=iso

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Iodo nutricional no Brasil: como estamos?

PUBLICAÇÃO: Arq Bras Endocrinol Metab vol.53 no.4 São Paulo Jun 2009
AUTORES:
Geraldo Medeiros-Neto

RESUMO

A legislação para corrigir deficiência crônica de iodo no Brasil iniciou-se em 1955. O sal iodado seria distribuído somente em áreas endêmicas de bócio, com dose fixa de 10 mg Iodo/kg de sal. Na década de 1982 a 1992, o Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição assumiu o Programa Nacional para a Deficiência Crônica de Iodo e forneceu o iodato de potássio a todos os produtores de sal. Em 1992, o INAN foi dissolvido. Nova legislação foi promulgada em 1995. A Anvisa ficou encarregada de supervisionar o teor de iodo em amostras de sal. No período de 1998 a 2004, o teor de iodo no sal foi elevado para 40 a 100 mg I/kg de sal. O excesso nutricional de iodo na população possivelmente aumentou a prevalência de tireoidite de Hashimoto e hipertireoidismo. Inquérito epidemiológico nacional (PNAISAL) em escolares, em execução, indicará as futuras determinações para a adição de iodo no sal.

Descritores: Iodo nutricional; excesso de iodo; hipertireoidismo; hipotireoidismo; moléstias autoimunes tireoideas

REFERENCIA:

MEDEIROS-NETO, Geraldo. Iodo nutricional no Brasil: como estamos?. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo, v. 53, n. 4, jun. 2009 . Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302009000400014&lng=pt&nrm=iso.

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sábado, 5 de setembro de 2009

Obesidade e tratamento: desafio comportamental e social

PUBLICAÇÃO: Rev. bras.ter. cogn. v.1 n.1 Rio de Janeiro jun. 2005
AUTORES:
Jakeline Maurício Bezerra de Souza; Mariana Mendonça de Castro; Eulália Maria Chaves Maia; Ana Nunes Ribeiro; Katie Moraes de Almondes; Neuciane Gomes da Silva

RESUMO

A obesidade é considerada pela Organização Mundial de Saúde como um dos mais graves problemas de saúde pública do mundo. O objetivo desta pesquisa consiste em identificar aspectos comportamentais e sociais envolvidos na dificuldade em perder peso e mantê-lo a longo prazo, após tratamento nutricional para perda de peso. A amostra foi composta de pacientes que buscaram tratamento nutricional no Hospital Universitário Onofre Lopes, e seus familiares. A coleta de dados ocorreu através de questionários e em dois momentos: no início e após 6 meses de tratamento. Foram entrevistadas 10 pessoas: 5 mulheres, com idade entre 25-57 anos, e um dos seus familiares, totalizando também 5. No início do tratamento identificou-se que as pacientes possuíam um padrão de comportamento alimentar incorreto e desorganizado, como por exemplo, deixar de realizar alguma refeição. Um dos aspectos mais importantes como desencadeadores da vontade de comer, refere-se aos fatores emocionais e situacionais: ansiedade, angústia, preocupação, solidão, tensão/estresse, raiva e tristeza. Após 6 meses de tratamento, os resultados demonstram que as pacientes fizeram algumas modificações em seu comportamento alimentar, porém, estas modificações não foram suficientes para garantir bons resultados: apenas 2, conseguiram perder peso. O apoio social foi identificado como uma variável importante. As pacientes que o recebem, relatam bem estar e motivação, as que não, frustração. Quanto aos familiares, estes percebem que a obesidade é prejudicial à saúde, sendo assim importante fazer dieta. Afirmam que podem ajudar no tratamento, no entanto não sabem como fazê-lo. Provavelmente uma intervenção que contasse com a participação dos familiares produzisse melhores resultados.

Palavras-chave: Obesidade, Tratamento, Apoio familiar.

REFERENCIA:

SOUZA, Jakeline Maurício Bezerra de, CASTRO, Mariana Mendonça de, MAIA, Eulália Maria Chaves et al. Obesidade e tratamento: desafio comportamental e social. Rev. bras.ter. cogn., jun. 2005, vol.1, no.1, p.59-67. Disponível em: http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php?pid=S1808-56872005000100007&script=sci_arttext&tlng=pt.

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Desnutrição, maturação do sistema nervoso central e doenças neuropsiquiátricas

PUBLICAÇÃO: Rev. Nutr. vol.22 no.2 Campinas mar./abr. 2009
AUTORES:
Ingrid Dalira Schweigert; Diogo Onofre Gomes de Souza; Marcos Luiz Santos Perry

RESUMO

A nutrição exerce profundo impacto no desenvolvimento das estruturas e funções cerebrais. Além da programação metabólica induzida pela desnutrição fetal com o propósito de aumentar as chances de sobrevivência do feto e na vida pós-natal, estudos apontam a deficiência nutricional pré-natal como fator de risco para o desenvolvimento de doenças neuropsiquiátricas. Este artigo propõe-se a considerar aspectos da desnutrição relacionados ao desenvolvimento cerebral, à extensão temporal e funcional do impacto que a mesma acarreta, assim como estabelecer correlações com doenças neuropsiquiátricas, considerando artigos disponíveis na base de dados Medline de 1962 a 2005. Fatos derivados da desnutrição precoce apontam, em sua maioria, caráter permanente em algum grau, se não imediato, prospectivo e comprometedor da performance bioquímica, fisiológica e comportamental. Apesar dos denominados atrasos no desenvolvimento de parâmetros neurológicos, estes não constituem apenas erros funcionais isolados, uma vez que as inter-relações e conexões ideais são influenciadas, ampliando os erros temporais de ocorrência de eventos. A impressão da marca da desnutrição no código genético, ao aumentar os horizontes dos efeitos da desnutrição em uma perspectiva multigeneracional, amplifica os seus efeitos. Aspectos caracterizados como mecanismos compensatórios se, por um lado, apontam para uma habilidade em se adaptar ao estresse, por outro poderiam ser comprometidos na contingência de estresse adicional de ordem ambiental ou emocional. Considerações a respeito dos efeitos subliminares ou expressivos das doenças neuropsiquiátricas sobre a qualidade de vida consolidam a importância do desenvolvimento de pesquisas que se dirijam à compreensão dos impactos e mecanismos que modulam os efeitos da desnutrição sobre o neurodesenvolvimento.

Termos de indexação: Desnutrição. Psiquiatria biológica. Sistema nervoso central.

REFERENCIA:

SCHWEIGERT, Ingrid Dalira; SOUZA, Diogo Onofre Gomes de; PERRY, Marcos Luiz Santos. Malnutrition, central nervous system maturation and neuropsychiatric diseases. Rev. Nutr., Campinas, v. 22, n. 2, Apr. 2009 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732009000200009&lng=en&nrm=iso.

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Formação de toxinas durante o processamento de alimentos e as possíveis conseqüências para o organismo humano

PUBLICAÇÃO: Rev. Nutr. vol.22 no.2 Campinas mar./abr. 2009
AUTORES:
Anne y Castro Marques; Tessa Bitencourt Valente; Cláudia Severo da Rosa

RESUMO

A produção de alimentos envolve inúmeras reações químicas, durante as quais podem ser geradas substâncias tóxicas ao organismo humano. A produção destas substâncias pode ocorrer de diferentes maneiras, variando em quantidade e em grau de toxicidade. Este trabalho objetivou estudar a produção de toxinas no processamento de alimentos, assim como as conseqüências da ingestão dessas substâncias para o ser humano. O estudo foi realizado a partir de extensa pesquisa bibliográfica. As principais reações na formação de compostos tóxicos apresentadas no decorrer do estudo são: degradação de lipídios, hidrogenação, pirólise e defumação. Entre as substâncias formadas, destacam-se: peróxidos, ácidos graxos trans, aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. O profissional nutricionista necessita conhecer como ocorre a formação de toxinas durante os variados processamentos que envolvem alimentos, assim como os riscos para a saúde de quem consome essas substâncias. Também é preciso propor técnicas de processamento adequadas, visando ao bem-estar do consumidor e à manutenção das propriedades nutricionais do alimento.

Termos de indexação: Nutricionista. Produção de alimentos. Reações químicas. Substâncias tóxicas.

REFERENCIA:

MARQUES, Anne y Castro; VALENTE, Tessa Bitencourt; ROSA, Cláudia Severo da. Toxin formation during food processing and possible consequences to the human body. Rev. Nutr., Campinas, v. 22, n. 2, Apr. 2009 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732009000200010&lng=en&nrm=iso.

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Influência de variáveis socioeconômicas e de saúde materno-infantil sobre os níveis de retinol no colostro humano

PUBLICAÇÃO: Jornal de Pediatria - Vol. 79, Nº6, 2003
AUTORES:
Roberto Dimenstein, Janicéia L. Simplício, Karla D.S. Ribeiro, Illana L.P. Melo

RESUMO

Objetivo: Determinar os níveis de retinol no colostro de lactantes moradoras da cidade de Natal (RN) e sua relação com as variáveis socioeconômicas e de saúde materno-infantil.
Métodos: Foram avaliadas 42 nutrizes saudáveis, entre 18 e 39 anos, até 48 horas pós-parto. Foram aplicados questionários para a coleta de dados socioeconômicos, antropométricos e dietéticos. O estado nutricional antropométrico foi determinado pelo índice de massa corpórea e os dados de consumo alimentar em vitamina A foram obtidos pelo inquérito dietético de história alimentar, sendo a análise realizada pelo programa Virtual Nutri. Foram coletados 2 ml de colostro, e a determinação do retinol foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência.
Resultados: A maioria das nutrizes apresentou baixa condição socioeconômica e baixo grau de escolaridade. Entre as nutrizes, 55% apresentavam um consumo de vitamina A adequado, com uma média de ingestão de 1.398,8 μgRE/dia. O valor médio de retinol no colostro foi 93,1±51,1 μgRE/100 ml. Quando relacionado aos níveis de retinol no leite, as variáveis renda (p = 0,503), escolaridade (p = 0,708) e peso ao nascer do bebê (p = 0,499) não apresentaram diferenças significativas. Entretanto, houve diferença estatisticamente significativa entre o nível de retinol no leite e o estado nutricional na gestação (p = 0,016).
Conclusão: A não-influência de variações socioeconômicas nos níveis de retinol do colostro sugere a existência de um mecanismo de adaptação da glândula mamária na manutenção dos níveis adequados de retinol para atender às necessidades diárias do lactente.
Termos de indexação: Retinol, colostro humano, indicadores socioeconômicos, indicadores de saúde materno-infantil.

REFERENCIA:

Dimenstein R, Simplício JL, Ribeiro KD, Melo IL. Influência de variáveis socioeconômicas e de saúde materno-infantil sobre os níveis de retinol no colostro humano. J Pediatr (Rio J). 2003;79:513-8.

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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Mudanças no estilo de vida e fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis e sistema imune de mulheres sedentárias

PUBLICAÇÃO: Rev. Nutr. vol.22 no.2 Campinas Mar./Apr. 2009
AUTORES:
Carlos Alexandre Fett; Waléria Christiane Rezende Fett; Gilberto João Padovan; Julio Sergio Marchini

RESUMO

OBJETIVO: Observar os efeitos de dois meses de um programa de reeducação de hábitos sobre variáveis do sistema imunológico e de risco para doenças crônicas não transmissíveis e as associações destas entre si e com a composição corporal.
MÉTODOS: Cinqüenta mulheres sedentárias, com idade de 36 anos (DP=10), e índice de massa corporal de 31kg/m2 (DP=12) participaram do estudo. Foram avaliados a composição corporal (antropometria e bioimpedância), o hemograma, o perfil lipídico, as concentrações plasmáticas das vitaminas A, C, betacaroteno, do zinco, do ácido úrico e da glicemia. O treinamento consistia de circuito de peso ou caminhada por 1h, três vezes por semana no primeiro mês e 1h, quatro vezes por semana no segundo mês, mais reeducação alimentar.
RESULTADOS: A gordura corporal, as concentrações plasmáticas do ácido úrico, do colesterol total e da lipoproteína de alta densidade foram significativamente reduzidas. Os triglicérides, a lipoproteína de baixa densidade e as variáveis do sistema imunológico não foram alterados. O zinco não foi associado a qualquer variável. Os glóbulos brancos, os linfócitos, as plaquetas e a vitamina C foram positivamente associados à gordura corporal e negativamente, quando divididos pela massa corporal (kg). O colesterol total e a lipoproteína de baixa densidade divididos pela concentração de vitamina A e do betacaroteno foram negativamente correlacionados à gordura corporal. A vitamina C teve a maior correlação com outros fatores bioquímicos de risco.
CONCLUSÃO: Houve redução dos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis, mas não nos marcadores do sistema imunológico. O aumento da gordura corporal foi associado negativamente aos marcadores do sistema imunológico e das vitaminas.

Termos de indexação: Composição corporal. Leucócitos. Vitaminas. Zinco.

REFERENCIA:

FETT, Carlos Alexandre et al . Lifestyle changes and risk factors for non-communicable chronic diseases and immune system of sedentary women. Rev. Nutr., Campinas, v. 22, n. 2, Apr. 2009 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732009000200007&lng=en&nrm=iso.

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Evolução do estado nutricional de crianças submetidas a um programa de suplementação alimentar em município do Estado de São Paulo

PUBLICAÇÃO: Rev. Nutr. vol.22 no.2 Campinas mar./abr. 2009

AUTORES: Luciana Gonçalves Carvalho; Silvia Regina Dias Medici Saldiva; Tereza Etsuko da Costa Rosa; Doris Lucia Martini Lei

RESUMO

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do Programa de Incentivo ao Combate às Carências Nutricionais no município de Assis, estado de São Paulo.
MÉTODOS: Foram acompanhadas 132 crianças menores de 24 meses, que permaneceram por um ano no Programa de Incentivo ao Combate às Carências Nutricionais. O estado nutricional foi avaliado pelo índice Peso para Idade expresso em escore-Z da mediana da população de referência do Nacional Center Health Statistics no início, aos 2, 6, 9 e 12 meses de acompanhamento.
RESULTADOS: Entre as crianças estudadas, 70% foram classificadas como desnutridas ou em risco nutricional no momento do ingresso no Programa Incentivo ao Combate às Carências Nutricionais. Em relação ao incremento de peso, comparando-se o início e após 12 meses, 64% das crianças ganharam peso. Analisando-se a variação média do escore-Z de Peso para Idade nos intervalos de tempo estudados, segundo as faixas etárias e o estado nutricional na entrada ao programa, observou-se que as crianças menores de um ano de idade foram as que apresentaram um significativo incremento de peso.
CONCLUSÃO: Pode-se concluir que as crianças com déficits nutricionais e menores de um ano de idade foram as que mais se beneficiaram do programa de suplementação alimentar Incentivo ao Combate às Carências Nutricionais.

Termos de indexação: Antropometria. Avaliação Nutricional. Suplementação alimentar. Transtornos da nutrição infantil.

REFERENCIA:

CARVALHO, Luciana Gonçalves et al . Evolution of the nourishing condition on children submitted to additional feeding program in county of state of São Paulo, Brazil. Rev. Nutr., Campinas, v. 22, n. 2, Apr. 2009 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732009000200003&lng=en&nrm=iso.

Aspectos funcionais das catequinas do chá verde no metabolismo celular e sua relação com a redução da gordura corporal

PUBLICAÇÃO: Rev. Nutr. vol.22 no.2 Campinas mar./abr. 2009
AUTORES:
Renata da Costa Lamarão; Eliane Fialho

RESUMO

RESUMO

O chá é uma bebida amplamente utilizada, perdendo apenas para a água como a bebida mais consumida no mundo. O chá verde é rico em polifenóis, principalmente catequinas. Entre uma variedade de efeitos benéficos à saúde atribuídos ao consumo do chá verde, grande atenção tem sido focalizada no seu efeito na redução da gordura corporal. Este estudo tem como objetivo apresentar uma descrição dos estudos com o chá verde e/ou seus compostos bioativos relacionados à biologia celular, estudos experimentais e epidemiológicos associados ao metabolismo lipídico e à redução da gordura corporal. Galato de epigalocatequina é o principal composto bioativo presente no chá verde e seus efeitos anti-obesidade estão sendo investigados. Tais efeitos estão associados a diversos mecanismos bioquímicos e fisiológicos, dentre eles podem-se destacar a estimulação do metabolismo lipídico pela combinação da ingestão de catequinas e a prática de exercícios físicos regulares. Apesar do efeito promissor do chá verde e seus compostos bioativos no tratamento da obesidade, estudos clínicos controlados devem ser conduzidos. Finalmente, um plano alimentar adequado associado à prática regular de atividade física constitui a principal ferramenta para a prevenção da obesidade e de suas comorbidades.

Termos de indexação: Alimentos funcionais. Camellia sinensis. Metabolismo lipídico. Obesidade.

REFERENCIA:

LAMARAO, Renata da Costa; FIALHO, Eliane. Functional aspects of green tea catechins in the cellular metabolism and their relationship with body fat reduction. Rev. Nutr., Campinas, v. 22, n. 2, Apr. 2009 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732009000200008&lng=en&nrm=iso.

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